Dar corpo com a Inês Rolo a uma performance não convencional de shibari, desenhada pela deliciosa mente do Daniel Cardoso, foi uma experiência totalmente inovadora para mim. Além de nunca ter participado em nada do género, foi decisivamente a lufada de ar fresco que precisava, a expansão do corpo além da dança, o corpo que é um todo e que todo é o corpo. E tudo é dança por isso.
A performance tinha um objectivo: a captação fotográfica ideal para ilustrar um concurso fotográfico sobre o direito à liberdade sexual.
Identifiquei-me com a causa e acho que todos os amantes da liberdade se identificariam de imediato. A sexualidade ocupa um lugar central na nossa vida, bem como no nosso corpo. É o nosso chakra raiz, os nossos instintos mais profundos, as nossas relações com todos os outros e connosco mesmos.
É extremamente importante uma reflexão profunda e uma conexão consciente e limpa de julgamentos do que é a nossa sexualidade, de como é que funciona, do que é que a pode ter condicionado ou pode estar a condicionar e como a podemos revolucionar, ajudar a expandir-se, e como é que tudo isto condiciona o nosso grau de felicidade.
Ninguém pode ser feliz se não tiver uma sexualidade saudável (e aqui não há mesmo regras, "saudável" é diferente para todas as pessoas; cada pessoa tem necessidades, educações e experiências diferentes. Saudável é o que faz a pessoa sentir-se verdadeiramente bem, plena, confortável, apta, fértil, criativa, activa. Sem inibições, nem autocrítica, nem culpa).
E todos merecem ser felizes, todos merecem ter saúde. Todos merecem passar por processos derradeiros de cura, sem descurar nenhuma parte do processo.
Sejam.
Haxina Gaius é uma gematria ainda incompreendida. Soprou-me aos ouvidos de eras passadas, de memórias de uma sacerdotisa na viragem da Era, perdida num templo entre o Oriente e o Ocidente. É um sonho e uma memória, uma presença e uma Visão. Nunca se desligou da música, não fosse a música a expressão mais profunda do Uno Primordial. E nunca se desligará, eterna intérprete carnal do Uno Primordial. Assim seja.
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